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21 questions
“[...] O centro dos primeiros sistemas da natureza não é o indivíduo, é a sociedade. É ela que se objetiva e não mais o homem.”
RODRIGUES, J. A. (Org.) Durkheim. São Paulo: Ática, 1978. p.201-202.
Nesse trecho, Durkheim propõe romper com o humanismo antropocêntrico dos modernos em favor de um novo modelo de conhecimento baseado no sociocentrismo. Não mais o homem, mas a sociedade aparece como centro do conhecimento porque, para Durkheim,
A sociedade é o modelo dos primeiros sistemas lógicos.
Os primeiros sistemas lógicos se fundem com a natureza.
A consciência coletiva corresponde à totalidade dos conhecimentos individuais.
A proeminência da estrutura social se realiza em detrimento do acontecimento.
O individuo acima do coletivo.
A Sociologia surge no século XIX, momento marcado por uma intensa crise social na Europa. Émille Durkheim não deixou de ser influenciado por esse contexto. Nesse sentido, um dos seus objetivos era fazer da Sociologia uma disciplina científica capaz de criar repostas aos desafios enfrentados pela sociedade moderna.
Entre os desafios, colocava-se a crescente contradição entre capital e trabalho, entendida pelo autor como um exemplo dos efeitos de um estado de anomia, caracterizado
Pela excessiva regulamentação estatal sobre as atividades econômicas.
Pela intensificação dos laços de solidariedade mecânica no interior das corporações.
Pela ausência de instituições capazes de exercerem um poder moral sobre os indivíduos.
Pelo aprofundamento da desigualdade econômica.
Pela ampliação do acesso a informação virtual.
O objeto de estudo da sociologia, para Durkheim, é o fato social, que deve ser tratado como “coisa” e o sociólogo deve afastar suas prenoções e preconceitos. A construção durkheimiana do objeto de estudo da sociologia pode ser considerada:
Positivista, pois se fundamenta na busca de objetividade e neutralidade.
Dialética, pois reconhece a existência de uma realidade exterior ao pesquisador.
Kantiana, pois trata da “coisa em si” e realiza a coisificação da realidade.
Nietzschiana, pois coloca a “vontade de poder” como fundamento para a pesquisa.
Weberiana, pois aborda a ação social racional atribuída por um sujeito.
Durkheim caracteriza o suicídio ─ até então considerado objeto de estudo da epidemiologia, da psicologia e da psiquiatria ─ como fato social e, por isso, dotado das características da coercitividade, da exterioridade, da generalidade. É tomado, pois, como objeto de estudo sociológico, em virtude do fato de:
Variar na razão inversa ao grau de integração dos grupos sociais de que faz parte o indivíduo, ou seja, quanto maior o grau de integração ao grupo social, mais elevada é a taxa de mortalidade-suicídio da sociedade.
Ser possível observar uma certa predisposição social para fornecer determinado número de suicidas, ou seja, uma tendência constante, marcada pela permanência, a despeito de variações circunstanciais.
Configurar-se como uma morte que resulta direta ou indiretamente, consciente ou inconscientemente de um ato executado pela própria vítima.
Depender, exclusivamente, do temperamento do suicida, de seu caráter, de seu histórico familiar, de sua biografia, uma vez que não deixa de ser um ato do próprio indivíduo.
A Sociologia surge no século XIX, momento marcado por uma intensa crise social na Europa. Émile Durkheim não deixou de ser influenciado por esse contexto. Nesse sentido, um dos seus objetivos era fazer da Sociologia uma disciplina científica capaz de criar repostas aos desafios enfrentados pela sociedade moderna. Entre os desafios, colocava-se a crescente contradição entre capital e trabalho, entendida pelo autor como um exemplo dos efeitos de um estado de anomia, caracterizado
pela excessiva regulamentação estatal sobre as atividades econômicas
pela intensificação dos laços de solidariedade mecânica no interior das corporações.
pela ausência de instituições capazes de exercerem um poder moral sobre os indivíduos.
pelo aprofundamento da desigualdade econômica.
) Coube a Émile Durkheim (1858-1917) a institucionalização da Sociologia como disciplina acadêmica. Para o sociólogo clássico francês, a sociedade moderna implica uma diferenciação substancial de funções e ocupações profissionais.
Sobre as análises desse autor, é CORRETO afirmar:
O problema social é estritamente econômico e depende de vontades individuais.
O desenvolvimento da sociedade moderna deve passar por um processo de ruptura social e permanente anomia.
A questão social é também um problema de moralização e organização consciente da vida econômica.
Para Durkheim, na sociedade moderna não há possibilidades de desenvolvimento das coletividades, por necessitar de novos pactos políticos dos governantes.
Os crescentes casos de violência que, recorrentemente, têm ocorrido em nível nacional e internacional, diuturna e diariamente noticiados pela imprensa, convidam a pensar em uma situação de patologia social. No entanto, para Durkheim, o crime, ainda que fato lastimável, é normal, desde que não atinja taxas exageradas. É normal, porque existe em todas as sociedades; para o sociólogo, o crime seria, inclusive, necessário, útil. Sem pretender fazer apologia do crime, compara-o à dor, que não é desejável, mas pertence à fisiologia natural e pode sinalizar a presença de moléstias a serem tratadas. O crime seria, pois, para Durkheim, socialmente funcional, porque
exerce um papel regulador, contribuindo para a evolução do ordenamento jurídico e possível advento de uma nova moral.
é fator de edificação e fortalecimento da solidariedade orgânica, que se estabelece nas sociedades complexas.
legitima a ampliação do aparelho repressivo e classista do Estado burocrático nas sociedades baseadas no sistema capitalista.
contribui para o crescimento de seitas e de religiões, nas quais as pessoas em situação de risco buscam proteção.
De acordo com Durkheim, para se garantir a objetividade do método científico sociológico, torna-se necessário que o pesquisador mantenha certa distância e neutralidade em relação aos fatos sociais, os quais devem ser tratados como “coisas”.
Considerando a frase acima, assinale a alternativa correta sobre fato social.
Corresponde a um conjunto de normas e valores que são criados diretamente pelos indivíduos para orientar a vida em sociedade.
Corresponde a um conjunto de normas e valores criados exteriormente, isto é, fora das consciências individuais.
É desprovido de caráter coercitivo, uma vez que existe fora das consciências individuais.
É um fenômeno social difundido apenas nas sociedades cuja forma de solidariedade é orgânica.
Assinale a alternativa que descreve o objeto próprio da Sociologia, segundo Emile Durkheim.
A cultura, resultado das relações de produção e da divisão social do trabalho.
O fato social, exterior e coercitivo em relação à vontade dos indivíduos.
O conflito de classes, base da divisão social e transformação do modo de produção.
A sociedade, produto da vontade e da ação de indivíduos que agem independentes uns dos outros.
A ação social que define as inter-relações compartilhadas de sentido entre os indivíduos.
Em sua obra O Suicídio, Émile Durkheim afirma que há um tipo de suicídio no qual “se o homem se mata não é porque reivindique esse direito, mas é porque tem esse dever”. Seriam exemplos desse tipo de suicídio os japoneses camicases e os vários tipos de homens-bomba. Qual é esse tipo de suicídio?
O suicídio egoístico.
O suicídio anômico.
O suicídio fatalista.
O suicídio altruístico.
O suicídio coletivo
Um conceito importante na obra de Durkheim é o de anomia. O suicídio anômico é provocado pelo(a)
perda da dimensão normativa ocasionada por rápidas mudanças sociais.
isolamento e baixa integração do indivíduo na sociedade.
forte integração do indivíduo na sociedade.
forte regulação exercida pela sociedade no indivíduo.
melancolia adquirida por doenças hereditárias.
A respeito da noção de anomia presente no pensamento durkheimiano, é correto afirmar que:
em uma situação de anomia os controles sociais formais são enfraquecidos e o único poder que consegue exercer a regulação do comportamento dos indivíduos é o controle social informal exercido pelo Estado.
as crises econômicas levam à anomia, enquanto um aumento brusco de poder e de fortuna preserva a capacidade de coação da sociedade e evita a sua desintegração.
liberdade absoluta e imune de qualquer regulamentação social é um fator precursor da superação da condição anômica.
quando a sociedade é perturbada seja por uma crise dolorosa ou por transformações felizes, mas demasiadamente súbitas, fica incapaz de exercer seu poder de coação sobre os indivíduos.
a condição anômica é enfraquecida devido às paixões estarem mais disciplinadas no momento em que necessitariam de uma disciplina menos forte.
Em relação à sociologia durkheimiana, está correto atribuir-lhe a seguinte noção:
A sociedade é para seus membros o que um Deus é para os seus fiéis, pois Ele nada mais é do que a divinização do social.
As classificações sociais e mentais não são unificáveis porque constituem realidades de naturezas diferentes.
Os elementos do pensamento lógico são os precursores das práticas e da experiência social.
Religião e Ciência são formas de interpretar o mundo que tiveram origens diferentes, daí por que se utilizam de pressupostos distintos.
Categorias como tempo, espaço, quantidade e qualidade são construídas individualmente e só em estágios posteriores são assumidas pela coletividade.
Émile Durkheim criou o conceito de fato social para analisar a sociedade. Na perspectiva de Durkheim, os fatos sociais são:
formas coletivas e individuais de pensar e agir que afetam o todo social.
relações que produzem um único fenômeno social.
formas coletivas de pensar e agir e se manifestam como uma realidade externa na vida dos indivíduos, exercendo sobre eles um poder coercitivo.
uma forma precisa de agir do indivíduo, reproduzida por meio da solidariedade orgânica.
aspectos externos ao indivíduo, responsável pelas mudanças sociais exercidas sobre o indivíduo, proporcionando mudanças contra o poder coercitivo.
Sobre a teoria da “consciência coletiva” desenvolvida por Émile Durkheim, podemos afirmar que:
a consciência coletiva é responsável pela desintegração de uma sociedade.
é uma forma de teoria cultural que existe em todas as sociedades, feita das representações coletivas, dos ideais, dos valores e dos sentimentos comuns a todos os seus indivíduos.
há descontinuidade entre a consciência coletiva e a consciência individual, e a última é “superior” à primeira, por ser mais complexa e indeterminada.
há continuidade entre a consciência coletiva e a consciência individual, e a última é “superior” à primeira, por ser mais complexa e indeterminada.
existe em todas as sociedades e é feita a partir das representações individuais e dos diferentes valores e sentimentos dos indivíduos.
A respeito da metodologia utilizada nas Ciências Sociais, a proposta de Durkheim para o estudo dos fenômenos sociais é que, para analisá-los, é preciso tratá-los como se fossem:
ideias.
coisas
pensamentos
sentimentos
conflitos sociais
A obra que estabelece a base para a sociologia como ciência, escrita por Émile Durkheim, fundador da escola francesa e um dos pais da Sociologia, é intitulada de:
O capital (1867).
Economia e Sociedade (1922).
As regras do método sociológico (1895).
Formas elementares da vida religiosa (1912).
A ética protestante e o espírito do capitalismo (1920).
Antes de propor o método adequado para o estudo dos fatos sociais, em seu livro As Regras do Método Sociológico, Emile Durkheim aponta quais são os fatos que podem receber essa denominação. De acordo com Durkheim:
o pensamento que se repete nas consciências particulares e o movimento mecânico que todos os indivíduos fazem constituem fatos sociais.
o fato social é um fenômeno que ocorre na sociedade e que possui, de forma geral, interesse social.
o indivíduo cumpre funções regulares, como comer, beber, dormir, as que constituem os fatos sociais.
os fatos sociais se diferenciam dos fenômenos orgânicos, por serem representações e ações, e dos psíquicos, porque estes existem apenas na consciência individual.
a consciência individual constitui a origem dos grandes movimentos de entusiasmo ou indignação que frequentemente acontecem nas assembleias das diferentes categorias de profissionais.
O conceito usado por Emile Durkheim para explicar a coesão social na sociedade moderna, caracterizada pelo individualismo é o de:
sistema orgânico.
solidariedade orgânica.
solidariedade mecânica.
norma social.
cooperação social.
Em seu estudo sobre a Divisão do Trabalho Social, Durkheim investiga a função da divisão do trabalho no mundo moderno. É correto afirmar que um dos principais objetivos do autor nessa obra foi investigar:
como a divisão do trabalho proporciona o desenvolvimento econômico na sociedade moderna.
o efeito moral da divisão do trabalho na sociedade moderna.
as consequências negativas da divisão de gênero provocada pela divisão do trabalho na sociedade moderna.
o enfraquecimento da divisão do trabalho na sociedade moderna.
como a divisão do trabalho contribui para a igualdade de condições entre os indivíduos na sociedade moderna.
A concepção da Sociologia de Durkheim se baseia em uma teoria do fato social. Seu objetivo é demonstrar que pode e deve existir uma Sociologia objetiva e científica, conforme o modelo das outras ciências, tendo por objeto o fato social.
Em vista do exposto, assinale a alternativa correta.
Durkheim demonstrou que o fato social está desconectado dos padrões de comportamento culturais do indivíduo em sociedade e, portanto, deve ser usado para explicar apenas alguns tipos de sociedade.
A solidariedade orgânica, para Durkheim, possui pequena divisão do trabalho social, como pode ser demonstrada pela análise dos fatos sociais da sociedade.
Segundo Durkheim, a primeira regra, e a mais fundamental, é considerar os fatos sociais como coisas para serem analisadas.
O estado normal da sociedade para Durkheim é o estado de anomia, quando todos os indivíduos exercem bem os fatos sociais.
Os fatos sociais partem das partes para o todo.
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